SEM
LIMITES
Ninguém deve ser considerado culpado até o trânsito em julgado de
sentença penal condenatória. Perfeito, não estamos aqui julgando se aqueles
sargentos acusados de abusar de uma criança de seis anos de idade são
culpados ou inocentes, mas tentando
entender o absurdo da situação.
Primeiramente, na esteira de absurdos, um deles é pai da criança a quem
deveria, antes de tudo, proteger. Esse cidadão diz-se pastor de almas e age em
desacordo com as premissas de sua religião. E, finalmente, ambos são policiais,
status funcional que dispensa qualquer comentário quanto à exigência de conduta
ética e moral.
O curioso é que esse tipo de crime ocorre sempre às escondidas e, o
autor, busca, via de regra, o anonimato como meio de manter-se impune. No caso
em apreço o pai, além de cometer o crime, convida alguém mais para participar e
essa pessoa aceita. Como se deu esse convite? Isso não aconteceu do nada. O que
as pessoas não entendem, além do crime em si, são os acontecimentos de
bastidores.
Resumo da ópera, isso tudo é tão surreal que, além da repulsa que esse
tipo de crime causa até no pior criminoso, nos leva ao entendimento de que
quando você pensa que já viu de tudo, o ser humano ainda consegue nos surpreender.
Como uma espécie é capaz de gerar um ser como Gandhi e outros de natureza tão
diversa?
Se esses caras são realmente culpados me entristece admitir que em nosso
caduco ordenamento jurídico não existe pena severa o bastante para puni-los,
ademais, o próprio sistema se incumbe de abrandar a pena a ponto de não surtir
seus efeitos pedagógicos, isto é, dentro de pouco tempo estarão nas ruas vitimando
outras crianças, pois esse tipo aí não tem cura. By Douglas Martínez
Nenhum comentário:
Postar um comentário